A Ameaça Persistente Avançada, conhecida também pela sua sigla em inglês, APT, utiliza diversas técnicas contínuas de invasão para obter acesso a um sistema de maneira clandestina. Dessa forma, é iniciada a identificação e mapeamento da rede para roubo de dados, porém, ao ficar muito tempo em uma rede ou ambiente, o ataque pode causar grandes danos.
A tecnologia toma cada vez mais espaço nas empresas e sociedade, os riscos e necessidade de uma melhor segurança aumentaram muito. Neste meio tempo, também sofremos com novos tipos de malwares, com isso, acabamos nos tornando muito expostos a diversas ameaças que podem atingir os sistemas em busca de informações privilegiadas.
Entre as diversas formas de atacar o sistema de uma empresa, um dos principais termos utilizados é a Ameaça Persistente Avançada, tradução de “Advanced Persistent Threat (APT) que foi popularizado principalmente após o jornal New York Times detalhar os ataques sofridos por mais de um mês.
Na ocasião, o jornal americano foi atacado por uma unidade militar chinesa, conhecida por diversos nomes, entre eles “Unidade PLA 61398” e “APT1”, utilizou de diversas técnicas, como lançamento de e-mails spear-phishing e diversos malwares personalizados para atrapalhar o bom funcionamento da infraestrutura digital do NY Times.
Para o ano de 2023, é necessário ficar de olho nas principais ciberameaças que chegam trazendo novos perigos para os dados de pessoas físicas e jurídicas. Segundo o artigo da Inforchannel, a Kaspersky divulgou um prognóstico dos possíveis problemas que podem ter no ano que acaba de começar.
Além disso, nos últimos meses, o termo APT voltou a ser uma pauta importante na geopolítica mundial, quando um grupo de hacktivismo russo, o Killnet assumiu a responsabilidade por ter derrubado o site do governo eletrônico do Japão, que fornece diversas informações administrativas e aplicativos para governos locais.
O principal motivo para a ocorrência do ataque ao governo japonês se deu por conta do apoio do país asiático à Ucrânia na guerra Ucrânia-Rússia. Vale ressaltar, o grupo Killnet é um ferrenho defensor de Vladimir Putin e do governo russo como um todo.
Afinal, o que é uma Ameaça Persistente Avançada?
Uma Ameaça Persistente Avançada (APT) é um ataque cibernético prolongado e com métodos muito sofisticados. Na grande maioria dos casos, são realizados por países ou por um determinado grupo de criminosos cibernéticos com o objetivo de obter acesso não autorizado a sistemas ou redes de computadores sem serem detectados.
Além do objetivo de obter o acesso não autorizado ao alvo, sua prioridade é conseguir roubar a maior quantidade possível de dados existentes no sistema/rede de computadores. Também vale ressaltar que dependendo do tempo que o ataque acontecer até ser identificado, é possível que danos à infraestrutura possam ser sentidos de maneira mais grave.
De fato, os ataques são planejados por um longo período, e por isso, os objetivos dos criminosos já estão bem estabelecidos. Dessa forma, o grupo de hackers consegue entender quais as possíveis proteções que o sistema utiliza, assim estão sempre preparados para empecilhos que podem atrapalhar o ataque.
Em sua maioria, os ataques de Ameaça Persistente Avançada (APT) são planejados para ter um acesso contínuo à rede invadida, podendo acontecer por alguns dias ou até meses, sempre roubando informações valiosas.
Nos ataques tradicionais de hackers, por sua vez, os invasores tentam entrar e sair o mais rápido possível. Isso torna o APT uma forma muito mais sofisticada de investir contra países ou corporações multinacionais.
Por que os ataques de Ameaça Persistente Avançada são tão eficientes?
Um dos principais motivos pelo qual um ataque APT é tão eficiente é que mesmo quando a invasão é identificada pelos sistemas de segurança e a ofensiva controlada pelos processos de defesa, os hackers ainda conseguem deixar brechas abertas, permitindo assim que os invasores consigam retornar sempre que quiserem.
Outro fator que acaba facilitando a vida da Ameaça Persistente Avançada (APT) é que muitas das medidas de proteção tradicionais, como o antivírus e firewalls comuns, normalmente não são capazes de por si só de proteger uma rede de computadores ou um sistema específico.
Para isso, o ideal para a empresa é unir uma combinação com várias medidas. Pensando desta forma, uma das principais tecnologias de segurança contra o APT é o Endpoint Detection Response (EDR), que funciona como um apoio para a equipe de defesa de sua empresa para lutar contra um dos mais avançados tipos de ataques cibernéticos.
O que é o Endpoint Detection Response?
O EDR, sigla para Endpoint Detection Response, é voltado diretamente para a detecção e respostas de um endpoint, que nada mais é do que um dispositivo, seja móvel ou não, que estão conectados em uma rede privada ou empresarial, que transmitem ou recebem dados e informações.
Basicamente, o EDR serve para conectar-se com algum dispositivo ou recurso para monitorar o ambiente em busca de algum comportamento atípico, assim emitindo alertas com base em condições estabelecidas anteriormente.
Como falamos em um artigo da Softwall, o EDR é capaz de não apenas identificar o problema, mas também consegue indicar o caminho que o ataque ou invasão fez para realizar a movimentação indesejada.
Como se proteger de uma APT?
De fato, é muito difícil estar totalmente preparado para um ataque APT, principalmente levando em conta que quando um grupo de hackers faz uma ofensiva de Ameaça Persistente Avançada estuda cada um dos problemas e brechas existentes da segurança cibernética de uma empresa.
Porém, existem formas de se proteger e dificultar os ataques hackers de serem efetivos. Para as empresas, o já citado aqui no artigo EDR é uma boa opção. Em suma, com a tecnologia, é possível manter o controle dos endpoints dos dispositivos e recursos para remover os pontos cegos dos sistemas.
Vale ressaltar, para um APT ser bem-sucedido, é necessário entrar no ambiente cibernético por meio de algum endpoint mal protegido.
Além disso, manter um bom monitoramento de rede é importante, pois dessa forma é possível ficar em alerta para qualquer comportamento estranho na infraestrutura de sua empresa.
Outra grande forma de se proteger, que às vezes parece óbvio, apesar de não ser, é checar os softwares, aplicativos e dispositivos que estão conectados na rede de sua empresa. Isso se deve ao fato que um ataque APT utiliza de vulnerabilidades e instabilidades que estão presentes dentro do próprio sistema da corporação.
Dessa forma, se você conseguir manter todos os sistemas conectados em sua rede bem atualizados e seguros, é muito provável que os hackers acabem encontrando muito mais dificuldade para invadir a infraestrutura de sua empresa e conseguir roubar seus dados.
Gostou do artigo? Quer saber mais como se proteger de uma Ameaça Persistente Avançada e de outros tipos de ataques hackers? Então entre em contato com a equipe da Softwall, podemos sanar suas dúvidas da melhor maneira possível!
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